segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Eu tenho medo do medo que as pessoas têm...


Nas grandes cidades, via-se rodeado por pessoas de diversas raças, credos e lugares diferentes, mas mesmo assim sentia-se como um lobo, que vagava solitário em uma terra totalmente desconhecida, a síndrome da solidão era constante, talvez fosse, indiretamente, um certo medo de relacionar-se com as pessoas, vivia atrás de muros e barreiras imaginárias, criadas por ele mesmo e que pareciam dar-lhe segurança, tinha o mundo na palma de sua mão, no entanto, era prisioneiro de si mesmo, ou quem sabe do seu próprio medo.

A descrição mencionada acima pode facilmente encaixar-se a cada um de vocês, ou provavelmente lembrarão alguém que vocês conheçam ou um dia conheceram.
É incrível como as pessoas deixam se dominar por medos e incertezas, esquecendo assim de aproveitar as oportunidades que a vida, muitas vezes de uma forma sutil, lhes dá, e quando resolvem prestar atenção naquele pequeno universo que as rodeiam, pode ser tarde demais...

Os muros e as grades nem sempre oferecem proteção, mas sim a própria prisão...

No meu muro, a cada dia um tijolo vai ao chão, e vocês? Têm derrubado seus tijolos???

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

500 Dias com Ela


O filme tem tudo para ser uma comédia romântica, porém, não é uma história romântica por assim dizer. Não se trata de uma história de amor e sim uma história sobre o amor.
Um rapaz que achou ter encontrado a garota da vida dele, porém, para a infelicidade dele, ela não tinha encontrado o rapaz da vida dela.

Tom é um rapaz que usa camiseta do Joy Division e ouve compulsivamente Smith, Clash dentre outras coisas. Arquiteto por formação, porém trabalha criando frases para cartões de felicitações..Ah, ele acredita no amor.
Summer é uma garota desprendida de diversas coisas da vida, dentre elas a empatia (ou talvez medo) pelo amor e por este motivo jamais levava um relacionamento a sério, por mais que assim o fosse, ela preferia traduzir como uma relação casual. Ah, ela também gosta de Smiths.

Tom se apaixonou por Summer a primeira vista e ela conseguiu perceber que o som que saía dos fones de ouvido dele era Smiths.
Quando Summer beija Tom pela primeira vez, ele acredita sinceramente que encontrou sua metade, ou como diria Fabio Jr. A metade da laranja. Já Summer acredita que namoros são confusos e que as pessoas sempre acabam ferindo umas às outras.

500 dias com ela é uma bela teorização sobre a rotina desesperada que envolve duas pessoas em um relacionamento. Se você prestar atenção, perceberá o momento exato em que as coisas começam a dar errado na vida “conjugal” de Summer e Tom. Em determinado momento no café ela vira Sid Vicious e ele vira Nancy Spungen.
Não tem jeito, sabemos quando nos apaixonamos (mesmo que tentemos disfarçar), assim como sabemos quando tudo está indo pro buraco (embora tentemos adiar).

A Trilha sonora e um prato cheio para quem gosta de musica pop, contando com Smiths, The Clash, Pixies, Belle and Sebastian etc, sempre flertando com o pop britânico.


E a musica que não sai da Cabeça fica por conta de Smiths “There’s a Light that never goes out”.

“To die by your side is such a heavenly way to die”