domingo, 23 de agosto de 2009

Tolice é viver a vida assim, sem aventuras...

“Socorro não estou sentindo nada!!” Já disse uma vez o sábio Arnaldo Antunes em uma de suas mais famosas canções. Mas se ele sentia que não estava sentindo nada, isso não queria dizer que de alguma forma ele sentia algo?
Às vezes nos encontramos em situações em que as coisas ao nosso redor parecem não fazer sentido algum e talvez isso faça com que sobre uma certa falta de sentimentos e a vida se torne um tanto sem sal.

O excesso de sensações (ou sentimentos) também pode ser desastroso quando nos esquecemos de dosar tais quantidades, (se é que isso pode ser mensurável a ponto de obtermos a “quantidade ideal” de sentimentos), porém nunca sabemos quando devemos parar ou aumentar a intensidade dessas sensações por algo, alguém ou por nós mesmos.

Provavelmente, muitos irão dizer que a melhor coisa a se fazer é deixar a vida nos levar e esperar para ver o final de camarote, mas, em contra partida haverão aqueles que dirão que se nem toda história tem um final feliz, porque não trabalhar para que o mesmo assim seja? Que possamos todos uma hora parar, olhar todo o making of e rir dos “erros de gravação”, corrigir aquele detalhezinho e trilhar o melhor roteiro de vida?
Certamente, seria fácil demais e a essência de tudo seria colocada em jogo, pois se soubéssemos o final, a graça acabaria.

Portanto, a falta de sentimentos existente em certos momentos de nossa vida, serve justamente para observarmos que falta algo para continuarmos a trilhar nossos caminhos, e devemos ir atrás dessas ausências para enfim entender que aquela pessoa que te ajudava a escrever o roteiro, quando saiu de cena, o fez por achar que já era hora de dirigir a si mesmo e chegar ao seu próprio final.

Mas toda boa história tem uma continuação que se preze e é nesta hora que os autores envolvidos precisam mais do que nunca se dedicar para que exista o “Gran Finalle...”.
Corta...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Quanto vale a vida??

Olá pessoal,

Como muitos de vocês já sabem, sou um grande apreciador de caminhadas, trekking e atividades que podem nos levar a conhecer lugares pouco explorados pelo homem e que em razão disso conservam sua beleza natural e nos motivam a vencer certos obstáculos para se alcançar um objetivo.

Assim como alguns amigos que me acompanham nas viagens e trilhas, costumo incentivar as pessoas a realizarem este tipo de atividade, porém sempre com muita cautela e indicando trilhas que estejam de acordo com o preparo físico e a experiência da pessoa que irá se embrenhar mato a dentro, montanha acima, morro abaixo etc. Afinal, a segurança é um fator primordial para que se obtenha um Trekking tranqüilo.

Infelizmente, algumas pessoas quando atingem um nível um pouco mais elevado de experiência, começam a mirar objetivos e desafios cada vez maiores e passam a deixar a segurança e a sensatez em segundo plano e nestas horas uma decisão tomada de forma errada pode ser fatal.

Foi o que aconteceu com o economista brasileiro Gabriel Buchmann, 28 que estava desaparecido desde o ultimo dia 19/07 em uma montanha no Malauí, na África. Ele havia saído para escalar uma montanha acompanhado de um guia local, porém em determinado trecho da subida, a mais ou menos três mil metros de altitude, tomou aquela que provavelmente foi a decisão que o levou a morte: Dispensou o Guia.

Segundo relatos, o guia o havia informado sobre os perigos de continuar a escalada devido às péssimas condições do tempo, mas não foi ouvido.
O corpo de Gabriel, foi encontrado caído em um vale a mil metros de altitude e as causas da morte ainda não foram confirmadas pelas autoridades.

Algumas das frases ditas pela família da vítima, confirmam a teoria de que o excesso de confiança das pessoas possa levá-las a um fim trágico:

“Não sabemos a causa da morte, ele estava acostumado a fazer trilhas”

"O Gabriel tem experiência com escalada de montanhas. Ele também é bastante precavido pra qualquer tipo de situação. Ele é preparado, afinal ele já está fazendo esta viagem ao redor do mundo há um ano"

Diante disso me pergunto: Até que ponto vale à pena desafiar os limites da nossa experiência?? Não seria prepotência demais achar que conhecemos mais sobre um lugar do que seus próprios moradores? Será que a atitude dele ao dispensar o guia valeu o sofrimento da família neste momento???

Enfim, são perguntas que prefiro me fazer antes de testar qualquer limite da minha vida.

O mundo mochileiro infelizmente perdeu um de seus Backpackers e sem dúvida a família e amigos do Gabriel tiveram uma perda ainda maior. Em contrapartida a isso, espero que possamos usar esta fatalidade , como experiência e lição para os momentos que estivermos NO LIMITE.

Gabriel: Descanse em paz e ilumine o caminho de nós mochileiros.
QUANTO VALE A VIDA?
(Humberto Gessinger)

Quanto vale a vida de qualquer um de nós?
?quanto vale a vida em qualquer situação?
?quanto valia a vida perdida sem razão?
?num beco sem saída, quando vale a vida?
são segredos que a gente não conta
são contas que a gente não faz
quem souber quanto vale, fale em alto e bom som
?quantas vidas vale o tesouro nacional?
?quantas vidas cabem na foto do jornal?
?às sete da manhã, quanto vale a vida
depois da meia-noite, antes de abrir o sinal?
são segredos que a gente não conta
(faz de conta que não quer nem saber)
quem souber, fale agora ou cale-se para sempre
?quanto vale a vida acima de qualquer suspeita?
?quanto vale a vida debaixo dos viadutos?
?quanto vale a vida perto do fim do mês?
?quanto vale a vida longe de quem nos faz viver?
quanto vale a vida na última cena
quando todo mundo pode ser herói?
?quanto vale a vida quando vale à pena?
?quanto vale quando dói?
são coisas que o dinheiro não compra
perguntas que a gente não faz:
?quanto vale a vida?

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

ALGO POR VOCÊ...



Hoje a postagem seria sobre uma viagem, mas abri estes parênteses após uma amiga pedir um conselho acerca de uma situação que, provavelmente deva acontecer ou já ter acontecido na vida de muitas mulheres que é o fato de, diversas vezes, deixarem a própria vida de lado para viver em função de (ou esperando que) outra pessoa, geralmente do sexo oposto faça coisas que sejam de acordo com uma expectativa que deixaram crescer, esquecendo que em qualquer situação que envolva duas ou mais pessoas, da mesma forma que possa existir a felicidade do sim, pode existir também a tristeza do não.

Comecei falando das mulheres em si, mas na verdade, este é um problema que atinge pessoa de todos os sexos e idades. O fato de se criar expectativas é inevitável, porém cabe a nós tentarmos não deixar que elas cresçam a ponto de nos decepcionarmos caso as coisas não aconteçam da forma como queríamos que fosse.

Por experiência própria, sei o quanto é difícil se obter este tal “controle” por isso muitas vezes não sei se sou a pessoa ideal para falar sobre este tipo de situação. Não é porque eu consegui controlar minhas expectativas (após quebrar a cara varias vezes) que as outras pessoas possam conseguir também, mas uma coisa é certa: “Sempre é válido tentar obter este controle emocional”, pois só assim conseguimos uma possibilidade de não sofrer mais nestas situações.

Antes de esperarmos que os outros nos amem, nos apóiem ou nos fortaleçam, precisamos parar e olhar mais para nós mesmos e deixar que a razão esteja presente em nossas decisões. É preciso ocupar nosso tempo e pensamentos com aquilo e com aqueles que realmente nos fazem bem, que ao invés de nos colocarem pra baixo, nos deixam em um patamar acima da felicidade e do bem estar emocional.


ALGO POR VOCÊ
(Humberto Gessinger/Fernando Deluqui)

Hey, garota, não fique esperando o telefone tocar
Os homens são o que são e são todos iguais
O difícil é saber quem é clone de quem
Hey, garota, não fique esperando o telefone tocar
De volta ao passado, tecendo tapetes,
Esperando o guerreiro voltar
Já lhe fizeram sofrer demais
Já lhe fizeram feliz demais
Tá na hora de você mesma fazer
Algo por vocêSó você pode fazer
Hey, garota, o dia já passou, não deixe a noite passar
Passe um batom, ou não, e vá se divertir
Você vai descobrir quem é clone de quem
Hey, garota, faça um favor: não fique esperando
Faça algo por você
Hey, garota, faça um favor: não fique esperando
Faça algo por você
E só você pode fazer...